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Cárie Dental - O que é e como evitar ![]() O que é a cárie? A cárie é uma doença transmissível e infecciosa. Ela acontece quando há a associação entre placa bacteriana, dieta inadequada e higiene bucal deficiente. Quando o açúcar entra em contato com a placa bacteriana, formam-se ácidos que serão responsáveis pela formação da cárie. O que é placa bacteriana? A placa bacteriana é uma espécie de película composta de bactérias vivas e de resíduos alimentares que se depositam sobre os dentes. Ela é cariogênica quando bactérias capazes de causar a doença estão presentes na sua composição. Meus dentes podem ser pouco resistentes à cárie? Existem algumas doenças que podem alterar a composição dos dentes, levando à má-formação dentária. Além disso, todos os dentes são menos resistentes quando nascem, pois ainda não estão com a calcificação completa. Isso só será um problema se houver acúmulo da placa bacteriana sobre os dentes. Portanto, independentemente de os dentes serem mais ou menos resistentes, o importante é que a limpeza seja realizada de maneira adequada. Como posso saber se tenho cárie? AA identificação das lesões de cárie pode ser feita através da visão direta dos dentes e do emprego do fio dental. Portanto, você deve fazer o auto-exame após escovar seus dentes e em local bastante iluminado. Essa doença se estabelece antes de as cavidades serem vistas nos dentes. Procure alguma alteração de cor como manchas brancas ou acastanhadas na parte superior dos dentes e entre os mesmos. Em um estágio mais avançado da doença, as manchas podem evoluir para cavidades e os sintomas já começam a aparecer: dor quando mastigamos alimentos doces ou quando bebemos algo quente ou gelado, causando desconforto e mau hálito. O fato de o fio dental ficar preso entre os dentes também pode ser um sinal de lesão de cárie. Quais são os alimentos mais cariogênicos? Há alimentos que protegem contra a cárie? Os alimentos mais cariogênicos, ou seja, que causam mais cáries, são os que apresentam açúcar na sua composição: doces, balas, chocolates, chicletes e refrigerantes são exemplos desses alimentos. Todos podem ser consumidos de maneira racional, seguindo-se a escovação. A freqüência com que se come o açúcar é muito importante: quando você ingere açúcar, os seus dentes ficam expostos aos ácidos produtores de cárie durante 20 minutos. O açúcar também pode estar presente em medicamentos, portanto, após ingeri-los, é preciso escovar os dentes. A ingestão de farináceos e salgadinhos, principalmente entre as refeições, é um hábito considerado pouco saudável, quando se pensa em prevenção da doença e, portanto, deve ser evitado. Por outro lado, existem alimentos como o queijo e o leite que são considerados protetores dos dentes. Eles apresentam alto conteúdo de cálcio e fosfato, que protegem contra a desmineralização do dente. O mel ou o açúcar mascavo podem substituir o açúcar sem danos aos dentes? Esses alimentos são ricos em açúcares facilmente transformados em ácidos pelas bactérias. O hábito de adoçar alimentos ou lambuzar a chupeta com mel pode provocar lesões de cárie, e portanto, deve ser evitado. Como posso combater ou prevenir essa doença? Controlando os fatores que a causam. Dentre esses fatores, podem ser citados: evitar a ingestão de alimentos açucarados – caso não seja possível, você deve ingeri-los junto às principais refeições – e limpar os dentes de maneira adequada, utilizando escova, fio dental e pasta de dente com flúor. O flúor é um importante auxiliar no combate à cárie. A limpeza deve ser realizada sempre após as principais refeições e antes de dormir. É importante visitar seu dentista regularmente para que ele possa controlar sua saúde bucal e orientar sobre qualquer dúvida que possa surgir. . Amálgama Resiste às Críticas ![]() Revisão de sete anos de estudos científicos concluiu que há evidências insuficientes que liguem o amálgama de uso odontológico a problemas de saúde, exceto em raros casos de reações alérgicas, segundo informação divulgada pela Lifes Sciences Research Office Inc. (LSRO), de Bethesda (EUA) e distribuída pela Americana Dental Association (ADA). A LSRO conduziu um estudo científico independente sobre o amálgama, a pedido de um grupo de trabalho formado por representantes de Institutos Nacionais de Saúde, Centros de Controles de Doenças e Prevenções, a Food and Drugs Administration (FDA) e o Serviço de Saúde Pública dos Estados Unidos. “ Este relato confirma a posição da ADA sobre o amálgama como um material seguro e efetivo para obturar cavidades, baseado nas experiências clínica e cientifica.”, diz o Dr. James B. Bramson, diretor-executivo da ADA. “ Inúmeras pessoas tiveram seus dentes salvos pelo uso do amálgama, que é um dos mais duráveis e acessíveis materiais disponíveis, especialmente em grandes cavidades nos dentes posteriores, que passam por grande esforço na mastigação.” No estudo da LSRO envolveram-se profissionais multidisciplinares como toxicologistas, alergistas, pediatras, epidemiologistas e patologistas. Constituída em 1962, a LSRO é uma organização independente sem fins lucrativos, com rede mundial de especialistas que estudam temas de biomedicina, saúde, nutrição, alimentação segura e meio ambiente. Fonte: Informativo ABO News - novembro/dezembro - 2004. Cuidados com os dentes de leite ![]() Quando nascem os dentes de leite? Por volta do sexto mês, mas pode haver antecipação para o terceiro ou quarto mês. Geralmente, a dentição do bebê completa-se entre o vigésimo quarto e o trigésimo sexto mês. O bebê sente dor quando nascem seus dentes de leite? O surgimento dos dentes é uma ocorrência natural, portanto não provoca dor, nem sangramento. Entretanto, alguns sintomas podem aparecer: aumento da saliva devido à maturação das glândulas salivares e à dificuldade que o bebê tem de engolir a saliva produzida; diarréia, em conseqüência de distúrbio gastrointestinal causado pela contaminação através de objetos levados à boca pelo bebê e sucção do dedos, principalmente em condições de higiene inadequada; febre "baixa e passageira", provocada por substâncias que regulam a temperatura corpórea, liberadas durante o rompimento da gengiva; irritação local provocada pela pressão dos dentes na gengiva (não requerendo medicação alguma). Os mordedores ajudam na erupção dos dentes? Existem mordedores macios que contêm um gel no seu interior e que devem ser mantidos na geladeira. Esses mordedores, quando utilizados pelos bebês, aliviam a irritação da gengiva causada pela pressão dos dentes em erupção. Se eventualmente a irritação for grande, um anestésico tópico não irritante - aplicado 3 a 4 vezes por dia - também pode dar alívio temporário, desde que prescrito corretamente, já que ele pode ser tóxico, e sua absorção é rápida. É necessário escovar os dentinhos do bebê? Sim. É importante fazer a higienização mesmo antes da erupção dos primeiros dentinhos. Para tanto, pode ser usada uma dedeira ou gaze embebida em água filtrada que deve ser esfregada delicadamente na gengiva. Após a erupção dos primeiros dentinhos, uma escova apropriada com cerdas reduzidas e macias deve ser usada, principalmente após as refeições. O bebê pode usar creme dental? Quando erupcionam os primeiros dentinhos, pode-se utilizar escova de dentes somente molhada em água. Quando o bebê estiver com um maior número de dentes, o creme dental deve ser usado em pequena quantidade, o equivalente a um grão de ervilha ou até menos, visto que os bebês engolem cerca de 70% do creme durante a escovação; como o creme dental contém flúor, o excesso ingerido pode provocar fluorose, alterando a cor dos dentes. E se o bebê não deixar escovar os dentes? A mãe precisa ter paciência e tentar transformar a escovação em uma brincadeira divertida. Usar uma escova colorida ou cantar musiquinha acompanhando os movimentos da escova pode ajudar. É interessante que o bebê a veja escovando seus próprios dentes. Que tipo de mamadeira usar para os bebês que não podem ser amamentados no peito? Existem mamadeiras que possuem bicos muito semelhantes ao seio materno e garantem o bom posicionamento da língua durante o aleitamento. O furinho do bico deve ser estreito para forçar o bebê a sugar, o que estimula a musculatura e o crescimento da mandíbula. A posição em que o bebê toma sua mamadeira também é importante: ele deve estar inclinado e nunca completamente deitado. A mamadeira e a chupeta podem alterar o posicionamento dos dentinhos do bebê? Todo hábito quando prolongado prejudica o posicionamento da língua e a musculatura bucal. Deve ser planejado eliminar da rotina do bebê a chupeta e a mamadeira o mais cedo possível, até no máximo por volta dos três anos. Antibióticos prejudicam a dentição? Depende. Todo antibiótico ou medicamento, quando administrado, deve estar em dose adequada e sob supervisão médica e/ou odontológica. Os bebês podem ter cárie? Sim. O hábito do bebê ser amamentado ou alimentado com mamadeiras com leite, chá ou qualquer líquido contendo açúcar ou mel durante o sono, principalmente à noite, pode provocar a cárie de mamadeira ou de aparecimento precoce. Se não houver higienização nesse período, esse tipo de cárie acomete os dentes rapidamente, pois, durante o sono, o fluxo salivar diminui. Os primeiros sinais da cárie de mamadeira constituem manchas brancas e opacas que muitas vezes passam desapercebidas pelos pais. Quando deve ser a primeira consulta do bebê ao dentista? A primeira consulta deve ser feita antes mesmo do aparecimento dos primeiros dentes. Uma consulta agradável, em um ambiente amistoso, ajudará o estabelecimento de um vínculo afetivo com o dentista; também é importante um programa de educação e medidas preventivas que evitem o aparecimento de cárie e doenças gengivais. Câncer Bucal ![]() Como se desenvolve o câncer bucal? O câncer bucal é um tumor maligno que se desenvolve a partir de uma célula que sofre uma série de alterações genéticas. Essas alterações influenciam a diferenciação, o crescimento e a morte celular. A célula "defeituosa", diferentemente das outras, passa a se multiplicar desordenadamente, transformando-se num corpo estranho ao organismo. O câncer bucal é comum? Sim, a incidência mundial de câncer bucal varia de país para país (2% a 8%). Canadá, Austrália e França têm taxas elevadas. A Índia é o país de mais alta incidência (48% a 70%) devido a práticas culturais exóticas, como o hábito de colocar o cigarro com a ponta acessa voltada para o interior da boca e o uso do betel. No Brasil, as taxas são elevadas, sendo o câncer bucal o 6º tipo mais comum entre os homens e o 8º entre as mulheres (INCA - Instituto Nacional do Câncer, Ministério da Saúde, Brasil). Quais são os fatores de risco para o câncer bucal? Os principais fatores de risco são: uso do tabaco, consumo freqüente de bebidas alcoólicas e exposição excessiva à radiação solar. Alguns fatores podem contribuir para o desenvolvimento do câncer bucal, como: má higiene bucal; dentes quebrados; próteses removíveis parciais ou totais mal adaptadas, com conseqüentes irritantes locais; dieta pobre em vitaminas A, C, E e o vírus HPV (papilomavírus humano). Outros fatores ainda estão sendo estudados para se verificar sua relação com o câncer bucal, como: o uso de chimarrão, o consumo de carne grelhada (churrasco) e a fumaça do fogão de lenha. Se diagnosticado precocemente, quais as chances de cura do câncer bucal? Quanto mais cedo for descoberto e adequadamente tratado, maior será a chance de cura e sobrevida do paciente. A expectativa de cura varia de 85% a 100% quando o câncer é diagnosticado e tratado na fase inicial. Como proceder ao auto-exame da boca? Diante de um espelho, após retirar próteses ou outros aparelhos removíveis: 1) veja se em seu rosto há algum sinal que você não notou antes; 2) observe no lábio se há manchas ou feridas; 3) puxe o lábio de baixo e examine-o por dentro; faça o mesmo com o lábio de cima; 4) abra a boca e estique a bochecha; faça isso dos dois lados; 5) ponha a língua para fora e observe sua parte de cima; 6) puxe a ponta da língua para o lado direito e depois para o lado esquerdo e observe as laterais da língua; 7) coloque a ponta da língua no céu da boca e examine a parte de baixo da língua e o soalho da boca; 8) incline a cabeça para trás e examine o céu da boca; 9) ponha a língua pra fora, diga "A, A, A,..." e observe a garganta. Quais os sinais indicativos de alguma "anormalidade" na boca? Feridas que não cicatrizam em 2 semanas; manchas brancas, vermelhas ou negras; carnes crescidas; caroços; bolinhas duras e inchaço na boca; dificuldade para movimentar a língua; sensação de dormência na língua; dificuldade para engolir. A presença de qualquer um desses sinais merece um exame mais detalhado, com encaminhamento do paciente ao cirurgião-dentista estomatologista. Qual a freqüência recomendada para a realização do auto-exame da boca? Para pessoas não-fumantes, recomenda-se fazer o auto-exame bucal a cada 6 meses e, para os fumantes, a cada 3 meses. O ideal é fazer 1 vez por mês para que qualquer alteração da normalidade da boca seja prontamente detectada. Qual profissional deve ser procurado caso o paciente encontre alguma lesão na boca? O cirurgião-dentista estomatologista é quem diagnostica e trata todas as lesões e doenças bucais. No caso de câncer bucal, após diagnóstico, o paciente é encaminhado para tratamento em centros especializados em Oncologia ou para o médico oncologista. Tratamento ortodôntico em pacientes com problemas periodontais ![]() Meus dentes estão com mobilidade e mudando de posição rapidamente. Vários espaços estão aparecendo entre eles. Por que isso acontece? Pequenas alterações no posicionamento dos dentes ocorrem durante toda a vida, sendo que as mais freqüentes são as rotações dentárias, a abertura de espaço entre os dentes e o apinhamento, principalmente no arco inferior. Esse processo, porém, é lento, mas a mudança rápida do posicionamento dentário pode ser decorrente de perdas dentárias ou processos patológicos como a doença periodontal, que pode ocorrer em indivíduos de qualquer idade, desde a adolescência. Quais os sintomas dessa doença e como ela é causada? Os sintomas primários da doença periodontal são o sangramento gengival durante a escovação e/ou mastigação, podendo aparecer também, conforme o processo patológico evolui, pus e mobilidade dentária. A causa da doença periodontal é multifatorial, ou seja, vários fatores contribuem para o seu aparecimento: má higiene, presença de placa bacteriana, fatores hereditários e baixa resistência imunológica. Quais as conseqüências dessa doença? A conseqüência mais grave é a perda óssea, minando o suporte dentário e, conseqüentemente, provocando mobilidade. A longo prazo, se a doença não for tratada, os dentes são perdidos. É possível reposicionar os dentes com aparelhos ortodônticos quando se tem doença periodontal? Sim, é possível, desde que alguns cuidados adicionais sejam tomados. No pedido da documentação ortodôntica, as radiografias periapicais da boca toda constituem o item de diagnóstico mais importante. Antes de qualquer intervenção ortodôntica, o paciente deve ser encaminhado ao periodontista para que sejam realizadas instrução de higiene, raspagem e curetagem gengival e, em determinados casos, até alguma intervenção cirúrgica. Feito isso, o tratamento ortodôntico poderá ter início, sendo que o paciente deverá realizar controles no periodontista em intervalos regulares de 3 a 4 meses durante o tratamento. O movimento ortodôntico poderá causar maior perda óssea? Não, desde que osso e gengiva sejam mantidos com saúde. O osso presente responde da mesma forma que em pacientes normais. Daí o controle periódico por parte do periodontista ser tão importante. Se for negligenciado esse aspecto e houver presença de inflamação durante a movimentação ortodôntica, aí então o processo de perda óssea será agravado. Então não existem limitações nessa modalidade de tratamento? Existem. Apesar de não ocorrerem perdas ósseas adicionais, o fato de apresentar suporte ósseo reduzido provoca sobrecarga de força no ápice da raiz durante a movimentação, predispondo o dente à reabsorção do ápice radicular. Para reduzir esses efeitos indesejados devem ser usadas forças leves na movimentação, deve-se aumentar o intervalo entre as ativações e evitar grandes movimentos de corpo, que ocorrem principalmente nos casos em que são planejadas extrações com futuro fechamento dos espaços. Ao final do tratamento ortodôntico será necessário algum outro aparelho para estabilizar os resultados? Sim, ao final do tratamento ortodôntico freqüentemente se usa um aparelho removível superior e um fio colado aos caninos inferiores. No caso de pacientes que apresentam perdas ósseas, essas contenções deverão ser permanentes, ou seja, para a vida toda, e os controles periódicos no periodontista devem continuar indefinidamente, pois a possibilidade de recorrência da doença permanece e pode ser evitada com esses cuidados. Trocas de Restaurações ![]() Tenho restaurações escuras (metálicas) nos dentes posteriores. Vale a pena trocá-las por restaurações de cor branca ou da cor dos dentes? A troca de uma restauração metálica por uma estética ou, como dizem os pacientes, "por uma branca", pode se dar por dois motivos principais: por problemas que envolvem a saúde do dente, como uma fratura da restauração pré-existente ou mesmo por recidiva de cárie (nesse caso, a troca não é discutida e pode, perfeitamente, ser feita uma restauração estética), ou por motivo exclusivamente estético (quando uma restauração metálica em bom estado vai ser trocada, surgem, então, alguns questionamentos.) Quais os materiais que podem ser utilizados na troca de uma restauração metálica por uma estética? Existem, em princípio, duas possibilidades de materiais. O primeiro é a cerâmica (ou porcelana), o segundo são as resinas compostas. A restauração de cerâmica pode ser executada apenas pelo método indireto, isto é, o cirurgião-dentista prepara o dente, molda, e um técnico de laboratório executa, sobre o modelo, o trabalho, que é cimentado pelo dentista. A resina composta tanto pode ser usada pelo método direto, feita diretamente sobre o dente do paciente, em uma única sessão, ou pelo método indireto. A resina composta usada na forma indireta tem uma composição diferente da utilizada na forma direta e é chamada de resina composta de laboratório, podendo também ter a denominação de cerômero. As restaurações em amálgama são realmente tóxicas e, por isso, devem ser trocadas? Existe muita discussão sobre o poder tóxico do mercúrio nas restaurações de amálgama. Provou-se que o aumento dos níveis de mercúrio no sangue e na urina pode estar associado à presença dessas restaurações, embora nenhum trabalho tenha conseguido relacionar o desenvolvimento de doenças sistêmicas causadas por mercúrio em pacientes com as restaurações de amálgama. Quais são os melhores materiais e as melhores técnicas? Basicamente, a técnica direta serve para as pequenas restaurações e, quando a área a ser restaurada é muito extensa, a preferência cai sobre as indiretas; entretanto, as mais extensas podem ser feitas de modo direto, dependendo da indicação profissional. Na técnica indireta, a escolha entre cerâmica e cerômero dependerá das condições técnicas e também da preferência profissional, pois os comportamentos estético e funcional são extremamente semelhantes. No momento da troca de uma restauração, é necessário um desgaste maior do dente? Não necessariamente. Quando é feita a troca de uma restauração de amálgama por uma de resina composta direta, a cavidade obtida após a retirada do material antigo já é compatível com o novo material restaurador. Contudo, para receber uma restauração indireta, pode ser necessário um desgaste adicional de dente sadio para possibilitar a execução do trabalho. Nas trocas de uma restauração metálica indireta de ouro, por exemplo, dificilmente uma certa quantidade de dente sadio não será sacrificada, pois são preparos com exigências diferentes. Esse desgaste maior do dente de maneira alguma irá prejudicá-lo, pois é feito para permitir uma harmonia entre o material restaurador e o dente. Uma restauração de material na cor do dente tem a mesma durabilidade que uma restauração antiga? Existem, na boca de pacientes, restaurações de amálgama, de ouro e de outros metais em bom estado ecom desempenho funcional perfeito há mais de vinte anos, assim como existem restaurações em mau estado feitas há pouco tempo. As técnicas restauradoras estéticas atuais são relativamente novas se comparadas com a do amálgama e a das restaurações metálicas indiretas. Todavia, já temos acompanhamento clínico com excelentes resultados de restaurações estéticas. A durabilidade de uma restauração depende de uma série de fatores, alguns diretamente relacionados com o cirurgião-dentista e outros, com o paciente. Dentes manchados por uma restauração de amálgama podem ser corrigidos com a troca? O amálgama libera, ao longo do tempo, produtos que podem manchar o esmalte dental deixando-o acinzentado. Nesses casos, a troca melhora muito o problema estético sem, contudo, resolvê-lo completamente, pois seria necessária a retirada completa desse esmalte manchado para se conseguir uma perfeita solução estética. Como é feita a manutenção das restaurações estéticas? A manutenção das restaurações estéticas está inserida no contexto de manutenção da saúde bucal do paciente. O controle da higiene bucal, as profilaxias periódicas, como também as reavaliações clínicas do estado das restaurações prolongam a vida útil desses trabalhos. Pequenos reparos de possíveis falhas como manchamento superficial e pequenas fraturas podem ser realizadas com facilidade pela mesma técnica adesiva usada na confecção das restaurações estéticas. Anestesia ![]() O que é anestesia? É o ato de suprimir os estímulos dolorosos através de um medicamento anestésico. Qualquer pessoa pode tomar anestesia? Antes disso, a pessoa deve responder a um breve questionário de saúde, padronizado pela ASA (Sociedade Americana de Anestesiologia), que determina o risco anestésico e cirúrgico. Com base em suas respostas, o profissional terá condições de informar se ela está apta a submeter-se a tratamento odontológico com anestesia. Mas, para seu conforto, já lhe adianto que esse procedimento é muito seguro e que a variedade de medicamentos disponíveis proporciona muita segurança. Existe contra-indicação? Sim, e elas podem estar relacionadas ao agente anestésico ou ao vasoconstritor. Com relação ao vasoconstritor, os pacientes com pressão alta não tratada ou não controlada, doenças cardíacas graves, diabetes mellitus não controlada, hipertireoidismo, feocromocitoma, sensibilidade aos sulfitos e usuários de antidepressivos tricíclicos, compostos fenotiazínicos, cocaína e "crack", têm limitações no uso de anestésicos. Uma pessoa com 70 anos também pode tomar anestesia? Com o passar da idade, muitas alterações podem aparecer, as quais podem contra-indicar ou não o procedimento. Como foi explicado no item acima, se o paciente apresentar algumas dessas alterações, o uso do anestésico pode estar temporariamente contra-indicado. Nesse caso, ele é encaminhado ao profissional médico habilitado e, após a sua liberação, o procedimento de anestesia é realizado. Gestantes podem tomar anestesia? Sim, o estado de gravidez não contra-indica o procedimento anestésico. Porém, se for possível, é mais aconselhável o uso da anestesia entre o terceiro e o sexto mês de gestação. Existe o risco de choque anafilático? Sim, porém é muito pequeno, uma vez que as respostas ao questionário de saúde orientam o profissional sobre o possível risco de choque anafilático. Quais são os tipos de anestesia? De uma maneira bem abrangente, a anestesia pode ser local ou geral. A anestesia local é administrada pelo cirurgião-dentista no próprio consultório. A geral deve ser feita pelo médico anestesista em hospital ou clínicas apropriadas. O que é sedação consciente? É um procedimento realizado pelo cirurgião-dentista e pelo médico anestesista, a fim de proporcionar maior conforto ao paciente, em casos de pacientes ansiosos ou com medo de ir ao dentista. Esse procedimento é realizado combinando-se a ação do anestesista (através de medicamentos relaxantes) com a do cirurgião-dentista (por meio de anestésicos locais), proporcionando conforto e eficiência anestésica em grandes procedimentos ambulatoriais. Por que, às vezes, a anestesia demora mais para passar? Provavelmente devido ao tipo de tratamento realizado. O profissional irá escolher o tipo de técnica, a quantidade e o medicamento. Nesse caso, quando o procedimento é simples, geralmente a anestesia passa rapidamente, ao contrário do que acontece em procedimentos longos, nos quais o profissional necessita de maior quantidade de anestésico. Qual é a quantidade máxima de anestésico que se pode tomar? Geralmente, os medicamentos são feitos para, em média, serem administrados 10 tubetes de anestésico em dose de segurança. Deve-se lembrar que o medicamento é composto pelo agente anestésico e pelo vasoconstritor. Em alguns casos em que está contra-indicado ou restrito o uso do vasoconstritor, a quantidade deve ser diminuída. Como eu posso tomar uma anestesia sem dor? Quando se pensa em anestesia, a primeira lembrança é o desconforto devido à picada da agulha, mas isso não mais ocorre. Hoje, com os cuidados pré-anestésicos que envolvem desde a utilização de medicamentos tranqüilizantes até o uso de anestésicos tópicos fortes, o incômodo do procedimento de anestesia diminuiu muito, chegando a não ser notado, dependendo da relação de confiança entre o paciente e o profissional. Existe algum aparelho que aplique a anestesia para proporcionar conforto? Sim. O conforto durante a anestesia é estabelecido quando uma pequena quantidade de anestésico é injetada continuamente por um maior período de tempo. Um aparelho dotado de microprocessador pode injetar a anestesia de forma lenta e contínua, diminuindo o desconforto do procedimento de anestesia. |
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